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Quando falamos em hormônios, o que vem na sua cabeça? Espinhas? Aquela mudança de humor repentina? Ou talvez aqueles momentos desconfortáveis em que ficamos nervosos e suando descontroladamente sem aviso? Os hormônios estão envolvidos em tudo isso, mas o papel deles vai muito além dessas simples mudanças que temos.
Os hormônios são como pequenos mensageiros químicos liberados pelo nosso corpo no sangue, e eles têm um impacto enorme em várias funções. Eles estão por trás de como lidamos com o estresse, ajudam a ativar o sistema imunológico, e até mesmo influenciam a produção de esteroides.
Esses mensageiros são parte de um sistema chamado sistema endócrino, que basicamente é o jeito do nosso corpo enviar mensagens para diferentes partes, mesmo que estejam longe umas das outras. E a variedade de funções dos hormônios é impressionante. Eles podem estimular o crescimento, controlar o metabolismo, fortalecer o sistema imunológico, entre tantas outras coisas.
O que eu acho fascinante é que muitos hormônios não fazem só uma coisa no corpo. Por exemplo, o hormônio da tireoide é essencial para o desenvolvimento quando estamos no útero da mãe, mas também é super importante para manter nosso metabolismo funcionando quando já somos adultos. Os vários hormônios podem trabalhar em conjunto para realizar a mesma tarefa, como no controle do açúcar no sangue, que depende não só da insulina, mas também de outros hormônios como glucagon, cortisol, e o hormônio do crescimento.
O sistema endócrino é uma rede complexa, e não funciona de forma simples, isso porque ele opera por ciclos de feedback, mecanismos em que a mudança de um elemento pode aumentar ou diminuir outro, dependendo do contexto. Esses ciclos podem ser de feedback positivo ou negativo. No feedback positivo, um fator estimula outro, que por sua vez aumenta o primeiro, criando um ciclo contínuo. Um exemplo disso é o processo do parto, onde o corpo libera ocitocina para aumentar as contrações, e mais ocitocina é liberada conforme as contrações aumentam, até o bebê nascer.
Mas, geralmente, nossos hormônios são regulados por ciclos de feedback negativo, onde o aumento de uma substância leva à redução dela mesma. Isso mantém tudo equilibrado. Quando o corpo percebe que o sangue está desidratado, ele ajusta alguns hormônios para reter mais água. Um desses hormônios é a vasopressina, que faz os rins reterem água para normalizar os níveis no sangue.
O exemplo mais importante de se entender é o cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. Ele é liberado quando estamos sob pressão e ajuda o corpo a lidar com o desafio, aumentando o metabolismo do açúcar e fortalecendo o sistema imunológico. No mundo em que vivemos hoje, com tanto estresse diário, nosso corpo está constantemente produzindo cortisol.
Agora, falando sobre como os hormônios são feitos, eles podem ser produzidos de várias maneiras: a partir de proteínas, peptídeos, fosfolipídios e até colesterol. Por exemplo, o cortisol é derivado do colesterol, o que o classifica como um esteroide.
Esteroides como o cortisol desempenham funções essenciais no corpo, mas quando ouvimos falar de esteroides, normalmente pensamos nos anabolizantes usados para aumentar a massa muscular. Esses esteroides funcionam dentro das células musculares, se ligando a receptores específicos e estimulando a produção de proteínas, o que resulta em músculos maiores. Apesar de alguns abusos no passado, o grupo mais amplo dos esteroides, como os corticosteroides, tem um papel importante na medicina.
Os corticosteroides, que imitam o cortisol, são hormônios poderosos que ajudam a controlar a resposta ao estresse e a regular o sistema imunológico. Eles são eficazes porque conseguem inibir genes que provocam inflamação, o que os torna úteis no tratamento de condições como artrite e alergias. Aqueles inaladores para asma, por exemplo, contêm esteroides que reduzem a inflamação nos pulmões. E também esses hormônios podem ser usados como imunossupressores, medicamentos que enfraquecem intencionalmente o sistema imunológico. Isso é necessário em situações como doenças autoimunes, onde o corpo ataca a si, ou após um transplante de órgão, para evitar que o corpo rejeite o novo órgão.
No fim das contas, os hormônios são fundamentais para manter nosso corpo funcionando bem. É incrível como essas pequenas moléculas têm um impacto tão grande na nossa saúde e na nossa vida diária.
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